No início, tudo eram trevas: os disquetes reinavam soberanos, fitas VHS era a única maneira de compartilhar vídeos, e ainda, para tirar fotos era obrigatória a compra de filmes para a máquina fotográfica. Contudo, com o advento dos cabos USB, máquinas digitais, aparelhos de DVD e pendrives, todos aqueles itens foram, basicamente, aposentados. Isso porque a transmissão de dados tornou-se muito mais fácil, uma vez que eles se tornaram digitais (por exemplo: antes você ia a uma loja com e pedia para copiar uma foto, agora basta enviá-la via email).
Apesar disso, a primeira versão de USB, a qual foi lançada em 1994, também não era das melhores se comparada ao que veio em seguida, porém era o suficiente naquela época (quando a taxa de transferência de dados exigida ainda não era muito grande). Assim como sua predecessora, a USB 2.0 (Hi-Speed USB) era muito útil e rápida quando lançada, todavia, isso aconteceu há mais ou menos nove anos!
A USB 3.0 (ou SuperSpeed USB) chegará ao mercado em um momento basicamente crítico em relação a transmissão de dados. Isso porque a tecnologia 2.0, a qual possui uma taxa de transferência de 480 MB/s, já não está dando conta de transferir, por exemplo, vídeos em alta definição. Por sua vez, a USB 3.0 promete solucionar tal problema, uma vez que possuirá taxa de transferência de dados de 4,8 GB/s, ou seja, dez vezes mais rápida que a tecnologia anterior!
A USB 3.0 possuirá quatro fios a mais dentro do seu cabo (totalizando oito), os quais funcionarão de maneira a unicamente para enviar e receber, ao mesmo tempo, dados para o computador.
Diferentemente de sua sucessora, a USB 2.0 possui somente quatro cabos, sendo somente dois deles para a troca de informações, ou seja, a “falta” de cabos faz com que os dados sejam enviados em somente uma direção, ou seja, eles saem do computador e somente depois de chegar ao dispositivo USB os dados contidos nele são enviados para o computador.
Em outras palavras: imagine que cada par de fios dentro do cabo seja um carteiro, o qual precisa ir até a central, pegar as cartas, para somente então voltar ao bairro para entregá-las. Com a USB 2.0 é a mesma coisa, ou seja, o carteiro vai para um lugar e depois volta, não podendo fazer ambas as coisas ao mesmo tempo. Já na USB 3.0 existem três carteiros, cada qual com sua rota e podendo ir e voltar independentemente dos outros dois. Não é muito mais prático?
Continuando a analogia, nossos carteiros também receberam um “curso de especialização”, pois agora são capazes de usar mais energia quando necessário (para aparelhos que requerem mais eletricidade) e menos quando desnecessário, como quando o computador entra em estado de espera.
Além disso, a USB 3.0 funcionará em portas de USB 2.0, pois, digamos, o “carteiro” continua o mesmo, portanto ainda conhece os caminhos estreitos de antes (por “caminhos estreitos” entenda que a velocidade da USB 3.0 não será a máxima possível, por razões já citadas).
Ainda não existem aparelhos disponíveis no mercado com a tecnologia da USB 3.0, porém eles prometem chegar às lojas por volta do início de 2010 (talvez até mesmo no final de 2009!), uma vez que as especificações da tecnologia já foram liberadas em novembro de 2008. Em outras palavras, com as especificações liberadas, as empresas já podem desenvolver produtos que utilizem a tecnologia.
No início, provavelmente alguns aparelhos demorarão a apresentar entradas e cabos para USB 3.0, mas aos poucos a tecnologia promete ganhar força. Em contrapartida, a USB 2.0 provavelmente cairá no esquecimento, pois a velocidade de transferência da SuperSpeed USB certamente cairá nas graças da maioria das pessoas.
Por fim, se levarmos em consideração um aumento nos avanços tecnológicos, podemos supor que em não muitos anos após tornar-se padrão, a USB 3.0 será substituída pela ainda hipotética USB 4.0, a qual ainda não há como imaginarmos como será e nem a sua velocidade.
São vários os dispositivos que já requerem uma grande velocidade de transferência, no entanto, todos os outros poderão ser beneficiados pela USB 3.0. Como exemplo, podemos citar HDs externos (imagine fazer um backup do seu computador inteiro em menos de cinco minutos!), webcams com imagem de alta resolução (vídeo-papos sem atraso de exibição), câmeras digitais e, até mesmo, drives de Blu-Ray.
Com exceção do Windows 7, Linux e MacOS X, ainda não se sabe exatamente em quais outros sistemas operacionais a SuperSpeed USB funcionará, pois há a possibilidade de não haver compatibilidade entre a tecnologia e SOs mais antigos. Mas uma coisa é quase certa: a chance de a USB 3.0 ser compatível com Windows XP é pouca. O que é uma pena. Apesar disso, talvez ela venha a ser compatível com o Windows Vista.
E você, espera ansiosamente por esta tecnologia? Compartilhe suas expectativas conosco!
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