segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Novos Eletrônicos: Samsung S8000 Jet

Conheça a mais nova aposta da Samsung no mercado de celulares convencionais, trazendo uma excelente tela de toque e recursos multimídia completos.

Embora o mercado de smartphones cresça cada vez mais, a Samsung continua apostando em sua linha de celulares convencionais, direcionada para consumidores que precisam de aparelhos extremamente eficientes em suas funções básicas. Isso tudo, é claro, sem deixar de lado o design e funções multimídia, cada vez mais essenciais em qualquer aparelho portátil.

O Samsung S8000 Jet é um aparelho controlado totalmente pela tela de toque, que traz uma série de facilidades para o usuário, como opções de discagem rápida com o aparelho bloqueado e uma tela de navegação extremamente rápida e intuitiva. O Baixaki não poderia deixar de conferir este aparelho, que se mostra uma das melhores opções de compra atualmente.

O primeiro ponto de destaque do Samsung S8000 Jet é sua interface principal, que lembra bastante a utilizada pelo iPhone da Apple. As diversas funções e aplicativos disponíveis são exibidos através de diversos atalhos na tela inicial do aparelho, permitindo que o usuário reorganize a ordem de aparição conforme sua preferência, basta arrastar o atalho para o local desejado.

Para facilitar a organização, a exibição dos atalhos acontece em três abas diferentes, e ao contrário de outros celulares, é possível configurar a aparição do mesmo ícone em todas as telas. O processador de 800 Mhz utilizado no aparelho garante que a transição entre as abas seja feita de forma suave, sem nenhum tipo de travamento ou lentidão.

Assim como outros celulares mais recentes da Samsung, como o Omnia II, o S8000 Jet é totalmente controlado através de uma tela de toque bastante eficiente. A resposta aos comandos é bastante precisa, mesmo quando estão sendo utilizadas luvas ou canetas stylus.

Um dos destaques do aparelho é a função “Smart unlock”: o usuário pode configurar o acesso rápido a determinado aplicativo ou discagem rápida para contatos a partir da escrita de determinada letra na tela do aparelho enquanto ele está bloqueado. Por exemplo, é possível configurar a discagem de um número ao escrever a letra A, enquanto escrever a letra B abre o reprodutor de música do aparelho.

O acelerômetro presente no S8000 Jet é utilizado de diversas formas, proporcionando uma experiência de uso bastante divertida. Dependendo do jeito que o usuário segura o celular, a exibição de fotos e páginas da web muda, favorecendo a orientação da tela no momento. Outro recurso já visto em outros aparelhos é a possibilidade de mudar a faixa de áudio ou vídeo reproduzida atualmente simplesmente dando uma leve chacoalhada no aparelho.

Mas a real utilidade deste dispositivo se apresenta durante conversas telefônicas: por exemplo, caso você receba uma ligação em um momento inapropriado, basta colocar a tela do celular virada para baixo e automaticamente todos os toques serão desligados. Outra característica interessante é a possibilidade de ativar automaticamente a função de viva voz, bastando que o usuário coloque o S8000 Jet em uma superfície plana. Colocar o telefone novamente na orelha faz com que o modo normal seja habilitado após cerca de um segundo, contribuindo para o conforto do usuário.

O Samsung S8000 Jet também possui um sensor de proximidade que funciona muito bem. Basta aproximar o celular do ouvido para que as funções da tela de toque sejam desabilitadas automaticamente. Dessa forma, evitam-se acidentes, como encerrar ligações ou acionar determinados aplicativos que interferem na conversa atual. Tirando o telefone do ouvido, as funções voltam a funcionar em poucos instantes.

Media GateO S8000 Jet estreia uma nova forma de acesso aos recursos multimídia em um celular. Basta apertar um pequeno botão na lateral do aparelho para lançar o 3D Media Gate, que traz à tela um cubo tridimensional com atalhos para as funções de álbum de fotos, reprodutor de música, reprodutor de vídeo, rádio FM, jogos e navegador Web. Você pode rotacionar o cubo em qualquer direção, com o celular respondendo a todo tipo de toque, desde o mais delicado até o mais rápido.

Para facilitar a localização da função desejada, na parte inferior da tela são exibidos todos os dispositivos que podem ser acessados. Basta clicar em cima de um deles para que a face do cubo seja virada para a função desejada, ou simplesmente tocar no botão e esperar alguns segundos para iniciar o aplicativo sem esperar que o cubo vire suas faces.

No que diz respeito às funções multimídia, o S8000 Jet é bastante semelhante em especificações técnicas quando comparado ao Omnia II. A câmera fotográfica de cinco Megapixels com resolução máxima de 2560 x 1920 pixels garante uma qualidade impressionante para exibição no celular ou computador. Uma característica interessante é a possibilidade de atribuir números às fotos realizadas: o aparelho identifica automaticamente rostos, e basta ao usuário selecionar um deles para atribuir o número de um contato.

Da mesma forma, os vídeos gravados pelo aparelho possuem qualidade semelhante a vídeos em DVD, alcançando 30 frames por segundo sem a aparição de nenhum artefato estranho na tela. Além disso, é possível gravar filmes em câmera lenta, embora a qualidade final de imagem saia um pouco prejudicada.

Para quem não dispensa qualidade de áudio na reprodução de arquivos musicais, há a opção de emular um sistema de som 5.1 quando um fone de ouvido está conectado ao aparelho. A visualização das músicas disponíveis é facilitada pela interface utilizada, bastante semelhante ao CoverFlow da Apple.

O Samsung S8000 Jet já está disponível no mercado brasileiro em todas as regiões do país, por um preço compatível com as funções que disponibiliza. O aparelho desbloqueado, acompanhado de um cartão MicroSD de 8 GB e capa de proteção é encontrado por um preço médio de 1800 reais, valor semelhante aos melhores smartphones disponíveis atualmente.Todas as operadoras com suporte à tecnologia 3G trabalham com o aparelho, tanto nos planos pós quanto pré-pagos.

Como funciona a memória RAM?

Neste artigo, você aprenderá um pouco mais a respeito do funcionamento deste componente tão vital para os computadores. De especificações e funções até os diferentes tipos que existem atualmente.

Processadores, placas mãe, discos rígidos, ventoinhas, placas de som... Gabinetes podem ser inteiriços por fora, mas por dentro existe uma série de componentes. Alguns deles podem até não ser requeridos para o funcionamento de um sistema operacional (como drives de CD ou DVDs, por exemplo), mas existem outros sem os quais a máquina nem ligará!

Um deles é a memória RAM, essencial no processamento e armazenamento dos seus programas, atuando em conjunto principalmente com o seu processador. Hoje, nós mostramos a vocês um pouco mais sobre elas, desde a composição, tipos, tamanhos, velocidades até o modo como operam em conjunto com os demais componentes.

Mais do que importantes, essenciais!

Está curioso? Então não deixe de conferir!

O que significa RAM

O termo é um acrônimo para Random Access Memory, isto é, memória de acesso aleatório. Isso implica que esta memória pode acessar os dados de forma não sequencial (ao contrário de uma fita cassete, por exemplo), acelerando em muito os processos de leitura e escrita. Qualquer setor livre ou já preenchido é imediatamente encontrado e processado.

Entretanto, ao contrário de um disco rígido, a memória RAM é totalmente volátil, o que significa que todos os dados armazenados podem ser perdidos quando o dispositivo não é devidamente alimentado. Mas se há este contratempo, saiba que ela é milhares de vezes mais rápida que a varredura do disco físico.

Memória RAM em dois “sabores”

Antes de tudo, você precisa saber que existem dois tipos básicos de RAM, que são a memória estática e a memória dinâmica. A primeira pode ser menos reconhecida pelo público em geral, mas está presente em muitos componentes de nossos computadores, principalmente nos processadores, onde formam a memória cache (nós explicaremos o conceito mais abaixo, durante a ilustração do percurso de funcionamento da memória RAM).

Memórias cache ficam juntas dos processadores

A memória estática é composta por flip-flops (montados com quatro a seis transistores) e não necessita ser atualizada constantemente, o que a torna muito mais rápida e eficiente para trabalhos que requerem baixa latência. Os estados de saída podem ser 0 ou 1, sendo perdidos apenas quando o fornecimento de energia é cortado.

Em contrapartida, ela ocupa um espaço físico muito maior, sendo impraticável a construção de pentes de memória para uso tradicional. Outro problema é o custo bem mais elevado.

Já a memória RAM dinâmica, ou DRAM, é a que vemos para comprar nas lojas e que equipam nossas placas mãe. Suas células são compostas por um capacitor e um transistor, sendo o transistor uma espécie de portão (que barra ou dá passagem ao pulso elétrico) e o capacitor o responsável por armazenar a informação (novamente, estados de 0 ou 1).

Uma vez que o capacitor se descarrega ao longo do tempo, é necessário mantê-lo sempre alimentado. Estes circuitos integrados são dispostos em forma de linhas e colunas, de tal forma que os dados possam ser acessados, lidos ou escritos por meio de interseções (imagine uma posição A3, ativada por um pulso elétrico na linha A e por outro na coluna 3).

As intersecções representam onde os dados podem ser acessados, lidos ou escritos

Este formato pode ser mais barato e compacto em relação à memória estática (abrigando muito mais capacidade de armazenamento por centímetro quadrado), mas — em contrapartida — devidoa necessidade de localização de posições, da constante alimentação e da própria mudança de estado levam a uma latência maior para a leitura.

Caso deseje saber mais sobre estes dois diferentes tipos de memória, não deixe de conferir o artigo “Qual a diferença entre memória RAM estática e dinâmica”, no qual o assunto é abordado de maneira mais extensa.

A ordem dos fatores

Agora que você já sabe um pouco mais a respeito do funcionamento destes componentes, vamos ao percurso das informações pelos componentes e ao papel crucial das memórias. Tudo começa com os cálculos da CPU (unidade de processamento central, ou processador), que são realmente volumosos.

Todos estes dados processados podem ser requisitados para uma operação futura, entrando em cena a necessidade de um componente que armazene temporariamente as informações. Temos então as memórias cache, RAM e o próprio disco rígido atuando como um único sistema.

Como o volume de dados é gigantesco (passando da ordem de bilhões de bytes por segundo), é necessária, em primeiro lugar, uma memória extremamente rápida, capaz de acompanhar este ritmo frenético. A solução para isso é a memória cache (um tipo de memória estática, como já vimos), que fica acoplada diretamente no processador, fornecendo um espaço de trabalho com o mínimo de latência possível.

A informação passa pelo cache antes de chegar à memória RAM

Esta memória cache também é dividida em vários níveis (tais como L1, L2, L3 e assim por diante), sendo L1 a mais próxima do processador e as demais as mais afastadas, com capacidades maiores e maiores latências, mas ainda assim com um canal direto de comunicação, permitindo acesso praticamente imediato aos dados.

Recorrendo ao plano B

Mas com um espaço tão pequeno, o que ocorre quando o dado não é comportado? Entra em cena então o próximo nível na hierarquia de memória e de acesso (por meio do controlador de memória), que é a utilização da memória DRAM (memória dinâmica, a encontrada nos pentes que estão na sua placa mãe).

Nela que residem todos os dados abertos pelo sistema (bem como os processos que estão em atividade), como os programas e arquivos. Para conferir melhor a atuação delas, experimente abrir o gerenciador de tarefas do Windows. Na tela estão todas as taxas de utilização de memória dos programas, seguidas do total disponível em sistema.

Você pode acompanhar o uso de memória RAM no Gerenciador de Tarefas do Windows

Novamente, dependendo da utilização que você faça do seu sistema, pode ser que a memória DRAM disponível nos pentes não seja suficiente para abastecer todas as necessidades do seu sistema. E nesses casos, como fazer para que o computador não emperre?

Hora do plano... C?

A resposta está no disco rígido, que passa a ser utilizado pela maioria dos sistemas operacionais atuais como uma extensão da memória RAM, sob a forma de uma memória virtual. Assim, o sistema passa a ler e escrever dados em disco, evitando travas e continuando o gerenciamento dos processos.

O caminho completo de armazenamento de dados da memória!

Só há um grande problema com isso: a velocidade de leitura e escrita é muito inferior à encontrada para os outros tipos de memórias do mercado. Como resultado, seu PC continuará em funcionamento, mas o desempenho... Estará lá em baixo!

O sistema tentará trocar os dados na maior velocidade possível, armazenando na RAM tudo o que for mais importante, deixando para o HD os itens de menor importância. Mesmo assim, janelas irão travar e o mouse ficará pesado!

Usuários com mais conhecimento podem configurar quanto de seus discos rígidos poderão atuar nesta virtualização, de modo a obterem o máximo de desempenho sob tais circunstâncias. Para saber mais sobre a memória virtual e a aplicação dos HDs, não deixe de ler o artigo “O que é memória virtual”.

A memória virtual consome recursos do disco rígido

Tipos de memórias

Nós já cobrimos um pouco do caminho dos dados pelo computador, então vamos aos tipos de pentes que encontramos no mercado ou que já existiram e deixaram de ser vendidos. Vale lembrar que os equipamentos e processadores mais recentes trabalham com memórias do tipo DDR2 ou DDR (para alguns dos anos anteriores). E para descobrir qual é o tipo de memória utilizada pelo seu computador, siga diretamente para o manual de instruções.

Memória SIMM

O termo SIMM vem de Single In-Line Memory Module, e era designado ao tipo de módulo de memória utilizado em computadores até meados da década de noventa. Os primeiros modelos conseguiam carregar as instruções com apenas 8 bits a cada passagem, tendo um total de 30 pinos conectores. Depois de algum tempo, surgiram novos módulos, os quais continham 72 pinos de conexão e suportavam até 32 bits de informação por acesso.

Memória DIMM

Estes módulos entraram no mercado para substituir os pentes mencionados acima, principalmente com a ascensão da arquitetura Pentium no mercado mundial de computadores. As grandes diferenças consistem no fato de que ambos os lados de conectores são independentes, ao contrário da geração anterior, proporcionando uma largura de banda de 64 bits.

Memória RIMM

RIMM é o nome patenteado para Direct Rambus memory module, sendo muito parecidos com as memórias DIMM, descritas acima. As principais diferenças estão no número de conectores e na transferência de dados, que ocorre a 16 bits. Entretanto, por possuir velocidade maior, era requerida uma lâmina de alumínio para refrigerar o equipamento.

Memória DDR SDRAM

A memória de acesso aleatório dinâmica síncrona de dupla taxa de transferência é uma das especificações de memória de maior sucesso na indústria, tendo sido desenvolvida com o objetivo de atingir o dobro do desempenho de sua antecessora. Considerando que os dados são transferidos a 64 bits por vez, a taxa de transferência (quando multiplicados a taxa de bus e o número de bits) chega a 1600 MB/s (leve em consideração que o valor normal seria de 800 MB/s, caso não houvesse a tecnologia de transmissão dupla).

DDR2 SDRAM

O principal padrão atual é uma evolução da memória tipo DDR convencional, contando com uma série de transformações nas especificações que visam o aumento de velocidade (incluindo o clock), a minimização do consumo de energia, do aquecimento e da interferência por ruídos elétricos e o aumento da densidade (mais memória total por pente ou chip).

DDR3 SDRAM

Assim como para a revisão anterior, a DDR3 tem como propósito elevar ainda mais o desempenho das memórias, reduzindo consumo e acelerando as capacidades de acesso e armazenamento de dados. A banda de transferência de dados é duas vezes superior a encontrada nas DDR2, entretanto, a latência se manteve praticamente idêntica. Vale ressaltar que este padrão de memória já está entrando em uso, com processadores como o Intel i7 e placas mãe específicas.

De quanto eu preciso?

Ao contrário do que muitos usuários acreditam, adicionar memória RAM nem sempre aumenta o desempenho do computador. Para entender melhor esta ideia, imagine que seu computador já conta com 1 GB de memória. Com base neste valor, pense que o sistema operacional consome cerca de 300 MB para rodar, que o navegador aberto ocupa mais 120 MB e que a sua planilha de Excel adiciona mais 100 MB na conta.

Teoricamente você teria memória de sobra para rodar mais alguns aplicativos (480 MB) e, caso não fosse abrir muitas coisas a mais, um pente adicional não causaria impacto, pois já há uma quantia livre mais que suficiente.

Pente de memória RAM

Em outra situação, mantenha o computador com 1 GB de RAM, mas imagine que o sistema operacional, navegador, planilha e mais alguns programas abertos consomem cerca de 900 MB de RAM. Com mais um joguinho leve ou uma aba extra com Flash no navegador você saltaria para cima de 1 GB de memória ocupado (tendo que recorrer à memória virtual, realizando a troca entre os aplicativos alocados na memória RAM e perdendo muito desempenho pelo meio do caminho).

É para este segundo caso que a adição de mais memória causa impacto, abrindo mais espaço para os programas e o sistema “respirarem”.

Computador doméstico

Para um computador voltado à navegação na internet e para a realização de trabalhos corriqueiros (utilizando pacotes de programas como o Office), é claro que não é necessária uma quantia tão grande de memória no sistema, mas mesmo assim devem ser levados em consideração os requisitos para o sistema operacional.

Usuários casuais não necessitam de vários GigaBytes de memória...

Caso opte pelo Windows XP, por exemplo, 1 GB pode dar conta do recado. Já em sistemas como o Windows Vista você realmente precisará de 2 GB para trabalhar sem gargalos e sem pequenas travas.

Computador para jogos e tarefas pesadas

Se com tarefas corriqueiras 2 GB de memória RAM já são facilmente requeridos no Windows Vista, aqueles que procurarem o máximo de desempenho devem contar com pelo menos 4 GB de RAM, principalmente se o assunto for “jogos” (como Crysis, que até hoje faz muitos computadores sofrerem) ou edição de imagens ou vídeos, por meio de programas como Photoshop e Premiere.

...Por outro lado quem gosta de jogos e aplicativos pesados deve ter pelo menos 2 GB atualmente!

Levando em consideração que a resolução das imagens está aumentando e que a era de vídeos HD está começando, você certamente não vai querer ficar sem poder apreciar tudo com bom desempenho.

Escolhendo o módulo correto

Além do tipo de memória correto e da quantia adequada, o usuário ainda tem que se preocupar com outro fator: a frequência de operação da memória. Este valor é medido em Megahertz e reflete diretamente a velocidade máxima de transferência de dados que pode ser atingida entre o componente e o processador.

Para memórias do tipo DDR, o valor mais alto é 400 MHz. Já para memórias do tipo DDR2, as frequências podem chegar até 1066 MHz. Mas e na hora de comprar os pentes ou de pedir na loja, como saber se você está levando o produto adequado? É aí que entram os módulos de memórias, que funcionam como etiquetas de identificação para as velocidades e tipos. Na tabela abaixo nós mostramosas principais formatações.

Conheça os diferentes tipos de memória DDR

Note que, de acordo com o que foi especificado na descrição das memórias DDR, os valores mostrados na tabela acima já são multiplicados.

E na hora de instalar?

Talvez a instalação da memória RAM seja uma das etapas mais simples na montagem de um computador, até mesmo para quem nunca teve contato com “os interiores” de um antes. Basicamente, as placas mãe possuem encaixes finos e alongados, dedicados única e exclusivamente a estes componentes. Confira um exemplo abaixo:

Tome cuidado na hora de adicionar ou retirar memória RAM do seu computador

Note que há somente um lado no qual os pentes de memória podem ser inseridos, havendo um “corte” na parte de baixo deles para ser realizado o encaixe perfeito.

O primeiro passo é baixar as abas laterais de contenção, empurrando-as para fora cuidadosamente. Agora, com o pente em mãos, verifique qual o lado correto e insira-o no slot. Aplicando um pouco de pressão, você verá as abas entrando automaticamente na posição de trava. Seu novo pente já está instalado!

O encaixe deve ser perfeito!

Fique atento apenas para as placas com suporte para canais duplos de memória (dual channel), que exigem pentes iguais em quantidade de memória e velocidade de funcionamento, alocados aos encaixes corretos (denominados canais A e B). Para descobrir qual a configuração adequada ao seu computador, não deixe de ler o manual da placa mãe, que trará todos os esquemas e descrições a respeito do assunto.

E se você ainda está com medo de “colocar a mão na massa”, dê mais uma volta aqui mesmo pelo Baixaki para ler os artigos “Manutenção de PCs: instalando memória e placa de vídeo” e “Memória RAM: como escolher a melhor para o computador?”. Em poucos minutos você aprenderá tudo o que é necessário.

Banda larga na tomada!

Saiba mais sobre a possibilidade de aplicação da banda larga pela rede elétrica

Embora muita gente não saiba, há a possibilidade de realizar a transmissão de internet em banda larga pela fiação elétrica comum de nossas residências. A aplicação dessa tecnologia já está em discussão no Brasil desde 2001, mas nada de muito efetivo já foi feito para tal.

O processo funciona de forma muito semelhante ao que acompanhamos quanto ao uso da fiação telefônica para a banda larga. Na rede elétrica seria basicamente a mesma situação, visto que a rede e a energia utilizam freqüências diferentes uma da outra.

Cada tomada pode ser um ponto de acesso

As vantagens da tecnologia são evidentes em alguns aspectos, como a facilidade em plugar o computador em praticamente qualquer local dentro das casas, prédios e edifícios em que seria bem mais complexo instalar o cabeamento próprio para a banda larga.

Toda a estrutura das casas já conta com tomadas em praticamente todos os cômodos, que seriam pontos da rede caso a tecnologia fosse implementada. Isso reflete em mais praticidade e redução de custos neste aspecto, o que pode ser uma frente interessante para o desenvolvimento da técnica.

Como funciona?

Em termos simples, os dados baixados pelo usuário chegam até a sua residência através de um cabo de fibra óptica, que é convertido em sinal elétrico por um gateway especial. Em um prédio, por exemplo, este sinal é repassado para todas as tomadas dos apartamentos, mais um fator que torna o processo interessante.

As vantagens disso em relação às redes comuns e até mesmo as Wi-fi é que a transferência de dados se dá de forma única por qualquer ponto de energia de casas e edifícios inteiros. Desta forma, toda a parafernália necessária para instalar as redes já existentes seria descartada.

Informações recentes

Hoje, já existem mais de cento e cinqüenta apartamentos em São Paulo testando a nova tecnologia de banda larga pela rede elétrica. Estes usuários não pagam pelo serviço, mas estão ajudando muito nas últimas avaliações da funcionalidade do sistema.

Um dos fatores mais intrigantes ocorridos foi a interferência na transmissão de dados ao ligar eletrodomésticos que alteram significativamente a corrente elétrica nos apartamentos, como secadores ou chuveiros elétricos. Para resolver a situação, foi desenvolvido um filtro, que atua de maneira semelhante ao que estamos habituamos na linha telefônica comum.

As principais operadoras deste tipo de serviço no país já estão em negociação para a aplicação da nova forma de transferência de dados em banda larga e previsões apontam o primeiro semestre de 2009 como o marco inicial para a oferta comercial dele. Vamos esperar os resultados definitivos para decidirmos se valerá realmente a pena optar por essa novidade.

E-voto: votar pela internet pode ser seguro e confiável?

Mais uma vez a tecnologia se alia à cidadania e uma nova ferramenta surge para servir às eleições. Conheça um pouco mais sobre este sistema, suas possíveis vantagens e suas falhas.

O desenvolvimento da internet trouxe consigo diversas outras práticas que vão além de comunicar-se rapidamente com pessoas espalhadas pelo seu bairro ou em um país do outro lado do mundo. Agora você pode realizar tarefas importantes e que envolvem dinheiro como movimentações bancárias e compras, tudo sem sair do conforto do seu lar.

Mas e que tal se em breve, além de gastar e mexer com dinheiro, nós pudéssemos também eleger nossos representantes nos Poderes Legislativo e Executivo pela internet? Isso parece muito prático, não é mesmo?

Seria o fim das justificativas de voto por não estar na sua residência eleitoral e também dos adiamentos de viagens por causa da eleição. Você só precisaria se dirigir a qualquer local de votação, apresentar documentos e votar nos candidatos de sua predileção.

Votar pela internet pode ser uma realidade em breve!

Apesar de parecer maravilhoso, este sistema pode conter falhas e se por um lado possui universidades trabalhando em cima de sistemas de voto online, por outro existem muitas vozes que se levando contra este tipo de votação, apontando de maneira contundente várias de suas falhas. Apresentaremos agora pontos positivos e negativos destes sistemas, vamos lá!

Sistema Helios

Uma ferramenta gratuita (um software livre de código aberto), segura e que permite o acompanhamento do voto por cada eleitor: este é o Sistema Helios, desenvolvido em pela Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, em parceria com pesquisadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos. Ainda incipiente, o sistema foi utilizado na eleição de reitor na universidade Belga.

Voto onlineSegundo Ben Adida, um dos idealizadores do projeto, este sistema “permite que qualquer participante verifique se seu voto foi capturado corretamente, e que qualquer observador verifique se todos os votos foram contados corretamente”, o que significa que além dos próprios eleitores, o trabalho de observadores também seria facilitado no acompanhamento dos votos computados.

Isso é o que eles chamam de “eleição de auditoria aberta”, pois o processo de auditoria dos votos estará aberto e disponível para qualquer um, possibilitando que cada cidadão e observador verifique os votos computados.

Além disso, este sistema permite ao eleitor ter a certeza de que seu voto foi computado, pois ele disponibiliza uma chave para este acompanhamento que pode ser utilizada posteriormente.

Para não ter problemas com segurança, o Helios utiliza avançadas técnicas de criptografia, codificando o voto e somente desfazendo esta decodificação em seu destino final, no momento da contagem. Esta técnica é conhecida como criptografia de chave homomórfica, onde uma chave pública é utilizada para criptografar alguma informação (neste caso o voto).

Além de manter o sigilo, estes códigos utilizados são provas matemáticas de que o voto foi computado corretamente, colaborando para diminuir o número de fraudes. A eleição através deste sistema se dá em três etapas:

1) O eleitor recebe um código, para rastreamento do seu voto, que é codificado antes mesmo de deixar o seu navegador;

2) A segunda etapa consiste no acompanhamento do voto pelo eleitor através do código recebido anteriormente, pois uma lista é publicada com todos os números computados antes da totalização dos votos.

3) Por fim, eleitores e observadores podem verificar se os números publicados após a contabilização dos votos conferem com a lista com os números computados. Em tese, isso tudo deve diminuir o número de fraudes.

Segurança de verdade?

Aqueles que se posicionam contra este sistema também estão com razão, afinal, um sistema totalmente online estaria muito mais vulnerável a ataques de hackers e – o que é pior – a manipulação de resultados em eleições. Se tomarmos como parâmetro de comparação bancos e lojas virtuais, que trabalham com dinheiro e normalmente são locais seguros para a tarefa que realizam, até seríamos capazes de vislumbrar algo seguro quanto aos votos online.

Porém, eleição e movimentações financeiras são coisas diferentes e que exigem procedimentos diferentes por parte de seus gerenciadores. Quando você realiza uma compra pela internet, o seu pedido é rastreado e acompanhado por pessoas especializadas, o que acaba por garantir, em partes, a efetividade da segurança do sistema (afinal, mesmo assim ainda se pode ter problemas com fraudes e roubo de informações sigilosas).

Já com um voto as coisas não são assim tão simples, pois ele é secreto e seu sigilo deve ser mantido a qualquer custo. Assim, já se deixa de lado a possibilidade de rastreamento e acompanhamento direto por parte de auditores, afinal, isso seria um crime eleitoral. Além disso, supondo que qualquer sistema eleitoral fosse invulnerável a ataques externos, não poderíamos deixar de lado os ataques internos, partindo de pessoas envolvidas no processo de computação dos votos.

Essa discussão coloca em voga outro assunto bastante polêmico, principalmente no Brasil, que é o uso de urnas eletrônicas nas eleições. Isso já levou o deputado João Hermann a solicitar à ONU a presença de observadores internacionais nas eleições de 2002. Na Holanda, as urnas eletrônicas foram proibidas por não possuírem garantia de inviolabilidade em seu sistema. Enfim, são problemas muito próximos e que precisam ser resolvidos.

A urna eletrônica é realmente segura?

Foto: Agência Brasil

Vale a pena?

Fazendo um balanço geral de prós e contras, a resposta é não! E isso não é nada paranóico do tipo “não metam tecnologia onde ela não é chamada!”, mas sim por uma questão de credibilidade. O Sistema Helios (e nenhum outro do tipo) provavelmente não será utilizado em uma eleição municipal, estadual ou federal, afinal, por mais que seus desenvolvedores garantam sua segurança e credibilidade, as possibilidades de fraudes ainda são grandes.

Além disso, a possibilidade de um código que seja um comprovante de em quem você votou pode permitir uma intensificação ainda maior de troca de favores em épocas eleitorais, onde votos são vendidos por dentaduras, sacos de farinha e cadeiras de roda, pois com o código será possível comprovar quais são os seus candidatos, acabando com a privacidade do voto. Por mais que a tecnologia se desenvolva diariamente, algumas práticas manuais ainda deveriam ser mantidas, isso pela garantia e segurança da democracia.

Agora é sua vez, não deixe de registrar nos comentários a sua opinião, caro leitor. O que você pensa sobre votações pela internet? Consegue identificar mais vantagens e desvantagens destes sistemas? Expresse-se!

sábado, 29 de agosto de 2009

Mito ou verdade: colocar uma placa com o PC ligado pode ocasionar problemas?

Precisa instalar ou trocar um componente em seu computador? Então preste atenção neste artigo.

Uma dúvida entre usuários de computador é: colocar uma placa com o PC ligado pode causar problemas? A resposta é sim, pode haver consequências graves para quem arriscar instalar ou trocar uma placa em um computador com ele ligado, desde um choque até o mau funcionamento do novo componente. É extremamente desaconselhável trocar qualquer componente de um computador com ele ligado, e este artigo vai explicar por quê.

Primeiro risco: choque

A fonte de um computador fornece eletricidade para todos os componentes. Ao plugar uma máquina, a eletricidade chega a um transformador que a converte na voltagem ideal para cada componente. O gabinete de um computador, por ser de metal, é um grande condutor de eletricidade. Logo, o risco de choque é alto.

Como em qualquer aparelho eletrônico, não é recomendado mexer no computador com ele ligado, pois todos os circuitos estão em funcionamento e expostos muito próximos de quem está mexendo. O choque pode ser inofensivo – como tocar uma maçaneta após esfregar os pés com meias em um carpete – mas também pode ser grande suficiente para danificar o computador e ferir o usuário.]

Importante: mesmo com o computador desligado, você deve aterrar-se, ou seja, tocar uma parte de metal do computador ou utilizar uma pulseira antiestática para evitar sofrer um choque. Leia este artigo sobre aterramento para entender mais sobre o risco de choques e como minimizá-los.

Não é recomendado trocar nenhum componente com o PC ligado.

Segundo risco: danificar o componente

Além do risco de choque em você, há a possibilidade de danificar a placa em questão, a placa mãe ou até mesmo a fonte do computador por causa de um curto-circuito. Nos três casos, o prejuízo é grande.

Em componentes elétricos, curtos-circuitos são facilmente causados quando o isolante de um fio para de funcionar ou quando outro material condutor é inserido, o que faz que uma carga percorra um caminho diferente daquele que estava intencionado.

Uma placa é composta por muitos circuitos, e o mínimo erro de manutenção é suficiente para alterar o caminho de uma corrente. A queima de um componente é inevitável neste caso.

Terceiro risco: mau funcionamento do componente

Um curto-circuito em uma placa é fatal.Todo e qualquer componente de hardware de um computador só é reconhecido efetivamente após a inicialização do sistema (boot). Durante o boot, o BIOS reúne todas as informações necessárias para deixar o computador pronto para rodar. Primeiro ele verifica se há uma placa de vídeo, depois ele checa se o computador está sendo iniciado ou reiniciado. No caso de um boot frio (cold boot), então mouse e teclado são procurados.

Em seguida, a checagem é para vários componentes plugados, o que inclui várias placas ligadas à placa mãe. Por isso que não há razão para instalar um componente com o computador ligado.

Quarto risco: placas de vídeo

Como você pode perceber, as placas de vídeo têm papel primordial na inicialização de um computador. Instalar ou trocar uma placa com encaixe diferenciado - AGP, PCI-e, por exemplo – é ainda mais arriscado porque estes tipos de placa compõem um barramento independente que envolve a placa mãe.

A maneira ideal de instalar ou trocar uma placa de vídeo é baixar o driver mais atualizado (desinstalando o driver da placa anterior no caso de troca), remover a placa antiga (também no caso de troca) e instalar a nova placa para então ligar o computador, finalizando com a instalação do driver baixado ou então do CD que vem com o componente.

O risco de danos a placas de vídeo é ainda maior.

Pode dar certo, mas não vale a pena arriscar

Há casos de usuários que trocaram componentes de um computador com ele ligado. Placas menores – de fax e rede, por exemplo – não exigem tanta energia elétrica e, portanto, oferecem menor risco de choque. Essas placas também podem, em muitos casos, ser identificadas sem a necessidade do boot.

Mas NUNCA, em nenhum caso, é recomendado instalar ou trocar algum componente de um computador com ele ligado. Não há nenhuma razão ou justificativa para mexer na parte interna de um computador com ele em funcionamento.

Definitivamente, para a instalação ou troca de uma placa, o risco de choque não é um mito, e a possibilidade de mau funcionamento da placa em questão é ainda mais verdadeira.

Saiba mais

O Baixaki tem uma "bíblia" com vários artigos sobre manutenção de computadores. Não deixe de ler bastante deles para saber mais sobre troca de componentes e como tudo funciona.

É hora de descobrir os segredos da computação quântica

Saiba mais sobre esta área que pode ser o futuro da computação!

Seria possível estar em dois lugares ao mesmo tempo? De acordo com as teorias quânticas, sim! E que tal um computador que pode realizar centenas de milhares de cálculos em frações de segundo? A física e a mecânica quântica tornam possível pensarmos em um computador quântico tão pequeno quanto um grão de areia e centenas de vezes mais rápido do que todos os computadores existentes juntos.

É difícil acreditar, mas as teorias quânticas são estudadas há um bom tempo, começando por Albert Einstein e sua “Teoria de Tudo”, que visava unir todas as leis da física e da mecânica em uma única teoria. Hoje, esta teoria é conhecida como “Teoria das Cordas”. Ficou interessado em saber o que tudo isto tem a ver com computação?! Então não deixe de ler os parágrafos abaixo!

O que é computação quântica?

De modo geral e simplificado, a computação quântica nada mais é do que a aplicação das teorias e propriedades da mecânica quântica ao computador. Claro que isto envolve muito mais coisas do que podemos imaginar, mas em resumo, é disto que se trata.

Pequeno e poderoso!Um computador quântico (também conhecido como CQ) é capaz de realizar cálculos utilizando propriedades da mecânica quântica, como a teoria da sobreposição, que será explicada com maiores detalhes mais abaixo. Em teoria, os computadores quânticos são assustadoramente mais rápidos do que o PCs que temos hoje, mas a própria física quântica possui seus limitadores.

Um CQ pode ser construído a partir de fótons, nêutrons, prótons, elétrons e até mesmo pósitrons, aquelas partículas presentes no átomo que você estudou nas aulas de química do colégio. Sendo assim, já é de se imaginar que os computadores quânticos, pelo menos os processadores, possuirão um tamanho mais do que diminuto, em escala atômica.

E o que muda?

A quantidade de mudanças que seriam causadas pela criação de um computador quântico é enorme. Não há como estimar com precisão quais seriam todas as alterações, mas algumas delas são previsíveis, e sem grandes esforços.

O fato de trabalhar com partículas atômicas torna possível a construção de computadores que sejam tão pequenos a ponto de não serem visíveis a olho nu. Enganam-se aqueles que pensaram que a velocidade de processamento é similar ao tamanho. Os computadores quânticos são centenas de milhares de vezes mais rápidos que todos os PCs e notebooks que existem atualmente juntos.

Tal velocidade se dá justamente pela utilização de partículas atômicas em sua construção, uma vez que elas possuem velocidade próxima à da luz, e o processamento das informações poderia ser feito em total paralelismo, e até mesmo em outra dimensão.

Criptografia

Criptografia quânticaToda esta velocidade coloca em xeque um dos principais mecanismos de proteção e segurança de dados: a criptografia. Dependendo do algoritmo de criptografia utilizado para a proteção de algum dado, o melhor computador existente atualmente levaria milhares de anos para quebrar a chave e decodificar os dados.

Para um computador quântico realizar esta tarefa, alguns segundos seriam mais do que suficientes para que o código fosse quebrado e os dados revelados. A única maneira de contornar este problema seria a criação da criptografia quântica, considerada totalmente segura e praticamente inquebrável.

Problemas clássicos

Toda esta velocidade quântica é realmente útil na solução de apenas três problemas que os computadores atuais não são capazes de fazer em tempo hábil: fatoração de números inteiros com milhares de bits, logaritmo discreto e simulação de física quântica.

Para que um computador com a tecnologia atual resolvesse a fatoração de um número realmente grande, por exemplo, seria necessário ter uma máquina com tamanho maior ao Universo do qual temos conhecimento, ou seja, algo realmente inviável.

Outro problema que seria facilmente resolvido por um computador quântico diz respeito à busca de dados e informações em um banco de dados totalmente desordenado. O que poderia levar anos nos computadores de hoje, um PC quântico resolveria num piscar de olhos.

Estruturas e unidades de um computador quântico.

Para que um computador quântico funcione, todos os seus componentes e unidades precisam ser modificados de maneira a se tornem quânticos também. Pensando assim, o bit, da computação convencional, ganhou sua versão quântica, denominado qubit.

A principal diferença do bit para o qubit diz respeito aos valores que eles podem armazenar. Enquanto o bit só pode ter o valor 1 ou o valor 0, o qubit pode conter os valores 1, 0 ou 1 e 0 ao mesmo tempo. Você deve estar se perguntando: “Como isto é possível?”. Bom, isto é a propriedade quântica chamada sobreposição, a qual diz ser possível uma partícula estar em dois ou mais estados ao mesmo tempo.

1 e 0 é passado. Agora é 1 E 0!

Como citado anteriormente, um computador quântico pode ser concebido utilizando partículas muito pequenas, desde que elas sigam os princípios da mecânica quântica. É possível construir os PCs com fótons, que podem estar em mais de um lugar ao mesmo tempo, ou ainda prótons, nêutrons e outras partículas atômicas e subatômicas que admitem mais de um estado simultaneamente.

A utilização destas partículas como substitutas dos cristais de silício permitem a construção de máquinas extremamente pequenas, a ponto de não conseguirmos vê-las, mas com um poder computacional incalculável. Isto porque, ao invés de tratar as informações de maneira isolada e sequencial, o qubit integra as informações de todos os dados criando novas dimensões para o processamento. Ou seja, os dados são processados em mais de uma dimensão.

Temperaturas elevadas são um problema na computação quântica.A maior dificuldade na criação de computador quântico está justamente no que torna isto possível: a sobreposição. Isto porque a sobreposição é muito sensível e qualquer microrruído eletromagnético pode alterar o estado do qubit e fazer com que a informação que ele continha seja perdida.

Além da instabilidade da sobreposição, outro problema enfrentado pelos cientistas é o superaquecimento das máquinas. Se você acha que seu computador esquenta demais, deveria tentar mexer com átomos e elétrons.

Se você ficou curioso em saber como o qubit trabalha, não deixe de acessar o artigo “O que é qubit, o bit quântico?”. Nele é possível encontrar muito mais informações sobre o “bit quântico”.

Um mundo de possibilidades.

Antes de dar continuidade ao conteúdo do artigo, é preciso explicar com maiores detalhes o conceito de sobreposição.

Morto-vivo não, morto E vivo!

É difícil imaginar que alguma coisa possa estar em vários estados ao mesmo tempo, mas quando se trata de partículas tão pequenas quanto os fótons, prótons e nêutrons, isto é muito mais comum do que se pode imaginar. O mais interessante é que, além de assumir vários estados ao mesmo tempo, as partículas podem, em teoria, estar em diferentes tempos também (presente, passado e futuro).

Existe uma metáfora, chamada o gato de Schrödinger, que ajuda a compreender um pouco melhor este assunto. Ela diz que, se um gato está dentro de uma caixa, ele possui 50% de chances de estar morto e 50% de chances de estar vivo. De acordo com a mecânica quântica, até que a caixa seja aberta e o gato seja observado, ele está morto e vivo ao mesmo tempo.

O ato de observar faz com que as partículas entrem em “colapso” e assumam um de seus estados apenas, e não ambos. Por exemplo, no momento em que a caixa citada acima é aberta e o gato observado, ele irá assumir um de seus estados apenas (vivo ou morto). Ou seja, enquanto a caixa estiver fechada, o gato está a salvo.

Um grupo de pesquisadores da State University of New York conseguiu fazer experimentos os quais comprovassem que uma partícula está em dois estados ao mesmo tempo sem que fosse preciso observá-las. Assim, o colapso pode ser evitado e o experimento realizado sem interferências.

Continuando...

Um computador quântico abre muitas possibilidades para a resolução de problemas complexos. Isto, graças ao chamado paralelismo quântico. Enquanto um computador pessoal atual trabalha com processamento serial, ou seja, em sequência, os computadores quânticos permitem o processamento paralelo.

É justamente este paralelismo que torna possível o processamento de centenas de informações e dados ao mesmo tempo, sem que seja preciso centenas de processadores, como na computação clássica.

Como funcionaria?

Em teoria, o funcionamento de um computador quântico seria da seguinte forma. Vamos supor que você possui uma agenda com mais de dez mil registros telefônicos no computador. Se você quiser ligar para um dos contatos, terá que pesquisar pelo número de telefone da pessoa, certo? Se estivéssemos falando de um computador “convencional”, até que a pesquisa retorne uma resposta, é possível que você já tenham se passado muitos anos. Mas, lembre-se que estamos tratando da quântica neste artigo.

Então, como diria o Dr. Quantum: “Vamos ficar quânticos!”. Ao digitar o nome da pessoa para a qual você deseja ligar, todos, ou pelo menos boa parte dos registros presentes na sua agenda serão carregados e comparados ao nome que você digitou, ao mesmo tempo, em paralelo. Com isto, o tempo de resposta é muito menor do que nos PC normais.

Um sistema distribuído trabalha com um princípio parecido, mas ao invés do processamento em um mesmo processador, como na computação quântica, os dados são divididos em várias máquinas, para serem processados separadamente.

Para ficar mais claro

Um sistema distribuído utiliza o processamento de vários computadores para obter a resposta desejada no menor tempo possível. O funcionamento de um sistema desse tipo, em teoria, é bem simples. Se você estiver realizando um cálculo muito pesado em seu computador, e a máquina do seu vizinho estiver ociosa, por exemplo, o sistema envia parte dos dados para este computador ocioso e aguarda a resposta.

Sistemas distribuídos.

Se vários computadores estiverem ociosos pelo mundo, o princípio de um sistema distribuído é justamente enviar um pouco de informação para cada máquina. Assim, não há sobrecarga de um computador e a resposta é encontrada bem mais rapidamente.

História e estudo.

A história do computador quântico começa em 1981, quando Richard Feynman mostrou em uma conferência realizada no MIT que sistemas quânticos poderiam ser úteis na simulação de experimentos da física quântica.

Em seguida, foi a vez de David Deutsch, na Universidade de Oxford, escrever seu nome a história quântica. Ele descreveu, no ano de 1985, o primeiro computador quântico universal, capaz de simular o funcionamento de outro computador quântico.

Depois deste feito, o mundo quântico ficou um pouco quieto, voltando a ser notado em 1994, quando Peter Shor descobriu um excelente algoritmo que permitia a um computador quântico fatorar grandes números rapidamente. Tal feito deu-se em Nova Jersey, no Bell Labs da AT&T. Isto deu origem ao que hoje é conhecido como Algoritmo de Shor o qual permitiria a quebra de muitos sistemas criptográficos, além de resolver os problemas da fatoração e do logaritmo discreto.

No ano de 1996, também no Bell Labs, Lov Grover descobriu o algoritmo de pesquisa em bases de dados quânticas. Mas foi somente em 1996 que o primeiro esquema para correção de erro quântico foi proposto pela comunidade científica. Também nos anos 90, foi construído o primeiro computador quântico com base em montagem térmica. Tal façanha foi realizada no MIT.

O Orion, um computador híbrido com processador quântico de 16 qubits, foi anunciado em 2007 pela empresa canadense D-Wave. Este computador teria capacidade de resolver problemas lógicos, encontrar soluções para jogos de Sudoku, entre outras tarefas simples. A Universidade de Yale, nos Estados Unidos, não ficou para trás e criou o primeiro computador quântico rudimentar, o qual também executa apenas operações simples, mas que é mais um passo em direção ao sucesso quântico.

É viável?

Será que tudo isto acontecerá logo?Até o presente momento, apenas alguns elementos dos computadores quânticos foram criados, como algumas portas lógicas. Diversas universidades e empresas espalhadas pelo mundo concentram esforços para a criação de uma máquina quântica que demonstre com maior eficácia o poder de um computador deste tipo.

No entanto, especialistas afirmam que a concretização de um computador quântico ainda está bem longe de acontecer, mesmo que seja em pequena escala. No Brasil, há diversos núcleos de pesquisa em universidades públicas (Rio de Janeiro e Paraíba). Além disso, há pesquisadores trabalhando no desenvolvimento de softwares quânticos, mas ainda não chegaram a resultados promissores.

Há também um grupo de pesquisadores no LNCC (Laboratório Nacional de Computação Científica) dedicado exclusivamente para as pesquisas na área quântica da computação. Segundos estes pesquisadores, a área de hardware quântico no Brasil trabalha com protótipos, mas cooperam principalmente com os grandes grupos internacionais de pesquisas e são reconhecidos pelo mundo afora.

Por enquanto, as versões desenvolvidas dos computadores quânticos não possuem nenhuma aplicação comercial. Alguns cientistas acreditam que as primeiras máquinas que estejam de fato funcionando serão empregadas no meio acadêmico para simulações da física e da mecânica quântica. Resta saber se as empresas irão aceitar isto sem questionar.

Vocês já imaginaram ter um computador quântico em casa? Rodar aquele jogo que você adora não seria mais problema. Mas será que toda esta tecnologia estará ao nosso alcance logo? Só nos resta esperar e ver o que vem por aí! Enquanto isso, que tal entender um pouco mais sobre universos paralelos e quântica?

A cidade do futuro está em construção na Coreia do Sul!

New Songdo é uma utopia para uns, um sonho para outros. Veja neste artigo como o projeto desta cidade é ambicioso.

Imagine que você está em uma casa com sensores de pressão no chão que acionam ajuda automaticamente no caso de uma queda. Ou então, no seu quintal, uma lixeira identifica quando uma garrafa está sendo reciclada e recompensa o dono da residência por isso. Consegue imaginar uma cidade onde uma infinidade de serviços pode ser executada com o celular?

Estes são apenas alguns dos mais básicos atrativos de New Songdo, uma cidade que já está em construção na Coreia do Sul. A inauguração está prevista para o ano de 2015. O planejamento da cidade é liderado por John Kim – ex-projetista-chefe do Yahoo! – e reúne, no mesmo lugar, um pólo econômico, sustentável, tecnológico, confortável e totalmente planejado. Tudo se junta no que promete ser a comunidade mais dinâmica, vibrante e digitalizada de todo o planeta.

O conceito de U-City

New Songdo é uma tentativa de colocar na prática o conceito de Ubiquitous City (U-City), traduzido livremente como cidade ubíqua. Um ambiente ubíquo é aquele onde toda tecnologia de informação está aplicada e todos os sistemas estão interligados. Esta conexão pode ser feita de diferentes maneiras, desde simples redes sem fio até identificação por frequência de rádio.

Em outras palavras, um ambiente ubíquo pode ser usado facilmente, convenientemente e com segurança por qualquer pessoa a qualquer hora e em qualquer lugar. E, é verdade, um ambiente ubíquo também pode ser chamado de onipresente. Casas, hospitais, empresas e outras esferas compartilham dados. Computadores e chips estão presentes em residências, ruas e escritórios.

New Songdo é a cidade ubíqua mais avançada do mundo sendo construída do zero. Não é a primeira cidade ubíqua da Coreia do Sul, no entanto. Dongtan, por exemplo, já oferece diversos serviços interligados de um ambiente. Mas New Songdo é considerada diferente pela aplicação do U-City em toda cidade e pelo aspecto global de negócios, uma vez que a cidade quer atrair companhias do mundo todo para a consolidação de um avançado complexo empresarial.

Um projeto renderizado de New Songdo.

Localização e habitantes

A área de construção ocupa seis quilômetros quadrados (equivalente a 735 campos de futebol) localizada na costa de Incheon, cidade que fica a 65 quilômetros da capital Seul. A localização não é à toa, muito menos aleatória. Distante 15 minutos do Aeroporto Internacional de Incheon, New Songdo alcança um terço da população mundial em pouco mais de três horas de voo. Mercados regionais como Rússia, China e Japão estão muito próximos, o que faz desta cidade o epicentro comercial asiático.

Na inauguração oficial, New Songdo terá 65 mil habitantes. Candidatos já estão na fila. O primeiro bloco com 2600 apartamentos foi posto à venda em 2006 e a procura foi de oito pessoas para cada apartamento. Outros 1000 apartamentos devem ser colocados à venda ainda este ano, e todos devem ser vendidos mesmo em tempos de crise. Além dos habitantes, 300 mil pessoas trabalharão na região.

Uma vida totalmente high-tech

A tecnologia de computação estará presente em Songdo tanto visível como invisivelmente. A cidade será o exemplo máximo de um estilo de vida totalmente digital, com todos os sistemas de informação de residências, empresas e serviços conectados. Estima-se que todas as casas terão centenas, até milhares de chips por onde diversos dados e informações circularão.

Por exemplo: em uma casa de um morador idoso, o chão terá sensores de pressão capazes de interpretar uma queda. No momento do acidente, a emergência é acionada automaticamente. Mesmo que a vítima esteja inconsciente, o socorro é chamado.

Em outras cidades ubíquas da Coreia, outros exemplos do que pode ser feito são descritos com um pouco mais de clareza. No caso de Dangton, informações sobre a qualidade da água, atmosfera e lixo, por exemplo, podem ser coletadas para análise a fim de determinar as condições sanitárias do ambiente.

No trânsito, as condições de tráfego podem ser determinadas, indicando a possibilidade de congestionamentos e recomendando rotas alternativas. Áreas de estacionamento são monitoradas e os motoristas são informados sobre a quantidade de vagas disponíveis e a localização delas. As ruas serão monitoradas por circuitos fechados de câmeras.

É importante ressaltar que ainda não se sabe quais tecnologias estarão, de fato, presentes na cidade. Mas há uma promessa repetida já há alguns anos pelos planejadores do distrito: o uso máximo da tecnologia RFID, ou seja, identificação por radiofrequência. É este tipo de tecnologia, por exemplo, que identifica uma garrafa de vidro depositada adequadamente para reciclagem e recompensa quem o fez.

Segundo John Kim, New Songdo oferece a proposta de ser uma porta de entrada para serviços. Parceiros do distrito testarão serviços para o mercado sem a necessidade de construir nada. Serviços que exigem, por exemplo, acesso a dados via rede sem fio. A Coreia sempre se destacou em tecnologias de telefonia celular. É o terceiro maior mercado da Ásia em número de assinantes e lá se encontram as mais avançadas redes 3G. O índice de banda larga é o maior do mundo. A Coreia quer continuar a tendência com um sistema extremamente avançado de RFID. Quase U$ 300 bilhões serão investidos em um centro de pesquisas sobre a tecnologia no distrito.

Chips. Em todos os cantos de Songdo.Segundo John Kim, tudo começa com um smart-card que pode ser usado para diversas coisas, desde abrir a porta de casa até pagar por serviços como metrô, estacionamento, cinema, empréstimo de uma bicicleta pública, enfim, uma infinidade de utilidades. A chave do smart-card é anônima, sem nenhuma relação com a identidade do portador e pode ser facilmente cancelada em caso de roubo. Neste caso, a trava da porta de uma casa é resetada.

Outra possibilidade do uso deste tipo de tecnologia é carregar diversas informações, como por exemplo o histórico médico, em um celular. Essas informações podem ser usadas para pagar medicamentos prescritos em uma farmácia.

Fato é que as possibilidades de uso de RFID são muitas. A infraestrutura do distrito será como uma plataforma de teste para novas tecnologias que poderão ou não servir como referência para metrópoles de todo mundo.

Ainda há a dúvida sobre o sucesso ou não de uma cidade inteiramente planejada, mas é inevitável que a RFID passe por um teste em larga escala, assim como tecnologias e dispositivos com sensores.

Outros atrativos da cidade

Songdo terá espaços para convenções e escritórios, hotéis de primeira classe, apartamentos e espaços comerciais como shoppings, restaurantes e opções para entretenimento. As instalações serão as mais modernas possíveis para hospitais, escolas e outras instituições de ensino.

Simulação do parque central de Songdo.A Escola Internacional de Songdo tem previsão de ser inaugurada em setembro próximo e promete a melhor educação desde o primário até o ensino médio em inglês a fim de preparar estudantes para faculdades e universidades do mundo todo. Já o Complexo Acadêmico Global Yonsei Songdo será a universidade responsável por pesquisas e desenvolvimento da cidade. A previsão é de que a primeira fase da obra seja concluída em 2010.

A cidade terá atrativos inspirados em grandes pontos turísticos do mundo. O parque central terá o ar de Paris e do Central Park, em Nova Iorque. Já um canal aquático será inspirado em Veneza e a arquitetura do centro de convenções lembrará a Sydney Opera House, na Austrália.

Um campo de golfe desenhado por Jack Nicklaus também está em construção com planos para a realização de grandes eventos do esporte, incluindo uma etapa do circuito PGA.

No complexo econômico, uma torre de 68 andares será a mais alta e o centro empresarial mais avançado da Coreia. O Centro de Convenções tem enorme espaço interior, também o maior da Coreia.

Culturalmente, o Centro de Artes de Incheon oferece um complexo com hall para shows e óperas, museu de arte asiática contemporânea, conservatório de música, escola de design e uma biblioteca.

Projeção do hospital do distrito, que pode ser um dos mais avançados do mundo.O Hospital Internacional da cidade de Songdo promete trazer a última palavra em diagnósticos médicos e tecnologias de tratamento. Os parceiros incluem Microsoft e 3M para o desenvolvimento desse centro médico.

O site oficial da cidade mostra uma perspectiva extremamente otimista: “Songdo vai oferecer uma qualidade de vida incomparável englobando todo atrativo cultural, tecnológico e recreacional, incluindo um hospital de primeira classe, uma escola internacional, um museu, um centro ecológico, parque central, campo de golfe e uma miríade de opções de comércio que incluem um shopping."

A sustentabilidade

Também no site de divulgação da cidade, a promessa é otimista: “os moradores de Songdo poderão dizer que moram em uma das metrópoles mais verdes do mundo.” Songdo tem o projeto para ser uma das cidades mais verdes do planeta. Um programa de comprometimento de sustentabilidade com seis objetivos pretende determinar um novo padrão para design ambientalmente responsável para outros projetos de larga escala em todo o mundo. Todos os prédios deverão ter certificados de padrões internacionais de design e construção sustentáveis.

O canal do parque central usará água do mar, economizando milhões de litros de água potável por dia. O consumo de água potável por sistemas de encanamento será reduzido em até 40% dependendo do projeto utilizado. A água de chuvas será utilizada ao máximo devido ao tipo de clima e o padrão de quantidade de chuva da região. Essa água será mais bem aproveitada por telhados especialmente desenvolvidos, os quais também amenizarão o efeito estufa.

Áreas em verde representam espaços abertos e ecológicos.Na imagem, espaços em azul e laranja são escritórios e áreas comerciais; cinza são áreas residenciais.

Uma instalação movida a gás natural vai fornecer energia limpa e água quente para toda a cidade. As luzes das ruas serão de LED, mais eficientes. Um sistema centralizado de coleta será instalado para coletar lixo seco e molhado, eliminando a necessidade de usar veículos para isso; e 75% do lixo dos materiais de construção de Songdo poderão ser reciclados. Materiais reciclados, além de materiais produzidos ou manufaturados localmente serão utilizados na maior extensão possível.

Cerca de 40% da cidade é de espaço aberto e todas as quadras levam pedestres a estes espaços. Todas as instalações terão, em contrato, determinações para utilizar métodos e oferecer produtos com nenhuma ou pouca emissão de carbono. Fumar será proibido em áreas públicas e prédios comerciais, exceto em áreas especiais para isso.

O transporte

Segundo os desenvolvedores do projeto, New Songdo terá como objetivo diminuir o uso de veículos automotivos, considerado grande responsável pela emissão de poluentes na Ásia. O transporte pelo distrito, incluindo metrô e ônibus, fornecerá acesso para residentes e visitantes. As paradas de ônibus estarão localizadas sempre a menos de 500 metros de todos os prédios residenciais ou comerciais. A extensão da linha de metrô de Incheon também ficará próxima de todas as áreas residenciais.

Nas ruas, 5% do espaço para estacionamento de cada quadra será destinado para veículos econômicos e com menor emissão de poluentes. Quadras comerciais terão mais 5% das vagas para carros com carona.

Renderização de um táxi aquático percorrendo Songdo.O sistema de estacionamento será subterrâneo ou coberto para minimizar o efeito de calor urbano e deixar mais espaço aberto para pedestres. Garagens terão integração com infraestrutura necessária para carregamento de veículos elétricos com objetivo de facilitar a transição para transportes de pouca emissão.

Uma rede de 25 km de pistas para bicicletas facilitarão e incentivarão o uso de transportes livres de carbono. Pistas para bicicletas serão extensamente disponibilizadas e será possível até mesmo alugar bicicletas públicas. Essas pistas serão adjacentes a todas as ruas principais.

No canal, táxis aquáticos serão implementados. Talvez não tão românticos quanto os de Veneza, mas eficientes ecologicamente.

Songdo é o que os planejadores chamam de “aerotrópolis”. Uma ponte com inauguração prevista para outubro de 2009 ligará o distrito ao Aeroporto Internacional de Incheon em 15 minutos, podendo ser acessado também via metrô ou ônibus. Este aeroporto é um dos maiores do mundo, tanto em número de passageiros como em volume de carga. Incheon é o caminho para um terço da população do planeta em um voo de três horas e meia.

Projeção do Daeduk Office, prédio comercial.Um pólo econômico

New Songdo será uma área com incentivos para a economia - isenção ou redução de impostos, por exemplo - e o objetivo de ser um distrito internacional de negócios. O inglês será o idioma oficial da cidade, e toda infraestrutura necessária estará disponível com centro de convenções e escolas internacionais.

Críticas à proposta

As críticas ao planejamento de New Songdo e o ceticismo em relação às promessas são grandes, desde a desconfiança sobre a real eficiência de tudo que está prometido até as preocupações com a privacidade. O U-City é um conceito que agradou os coreanos, mas o ocidente demonstra outra visão sobre a interação extrema entre homens e a tecnologia. Afinal, se é possível identificar que uma pessoa reciclou uma garrafa de vidro ou que ela caiu em casa, o que mais é possível deduzir ou descobrir através de chips?

Não somente em relação a esta cidade em construção, mas preocupações com privacidade são inerentes ao uso de chips para carregar informações e dados pessoais. Experiências tencológicas para uns, invasão de privacidade para outros. É fato que muitas das tecnológicas que serão colocadas à prova não serão desenvolvidas em Songdo, mas sim virão de outros países onde há obstáculos sociais para a implementação delas.

O próprio projeto da cidade gera ceticismo nos críticos. No planejamento, tudo é perfeito, tudo vai funcionar, tudo será diferente e este será o exemplo a ser seguido no mundo todo. Na prática... bem, só saberemos, no mínimo, quando a cidade estiver completa. No momento, escritórios do complexo empresarial estão abertos e em funcionamento, mas este é apenas o começo.

Se New Songdo é uma utopia de U$ 25 bilhões, ainda não se sabe, mas o projeto está andando. Algumas partes do distrito já funcionam, a ponte que liga o aeroporto deve ser concluída em outubro próximo e muitos prédios já estão erguidos.

E você, caro visitante do Baixaki, o que acha da ideia? Não deixe de participar dessa conversa. Se você tem outras informações e novidades sobre este projeto, comente. Diga também quais são suas impressões. Você acha que dará certo? Até que ponto o monitoramento de nossas atividades é benéfico?